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Por Cadiz

 

Um Enfoque na Empregabilidade do Setor

 

futuro da segurança privada no Brasil ainda é incerto em face ao momento político, econômico e por que não dizer também em face aos avanços tecnológicos que cada vez mais prometem entremear a atividade.

 

Estamos vendo, ano a ano, a diminuição dos postos de trabalho nesta área. Porém, na condição de empregador e contribuinte fiscal, o segmento continua sendo um mercado forte e bilionário e que, cada vez mais, chama a atenção de grandes investidores.

 

Refletindo sobre esta dicotomia, percebemos que teremos que nos adaptar para sobreviver e voltar a crescer.

 

Conforme adiantamos, além dos problemas econômicos que atingem nosso país, temos ainda os desafios da tecnologia que muda e nos surpreende. No tocante à economia conseguimos enxergar uma recuperação que, ainda que lenta, já nos traz a esperança de dias melhores. A tecnologia, porém, embora indiscutível e essencial para o desenvolvimento da humanidade, continua sendo algo entre o céu e o inferno, o bem e o mal.

 

Estudos de empregabilidade precisam ser bem analisados. Alguns falam que em 7 anos diversas profissões irão desaparecer e que 47% dos empregos deixarão de existir nos próximos 20 anos.

 

Por outro lado, o Fórum Econômico Mundial prevê que 65% das crianças que hoje estão cursando a escola primária irão trabalhar em empregos que ainda não existem, ou seja, profissões vão desaparecer, mas outras irão surgir.

 

Que a tecnologia irá dizimar profissões e diminuir empregos já a curto prazo, não há dúvida. Que outros novos surgirão, também é fato, mas tem sido unânime a afirmação de que a balança não estará equalizada. Ou seja, a perda de empregos será maior que a geração deles.

 

Resta, portanto, a nossa adaptação enquanto seres humanos racionais para que tais mudanças ocorram da melhor forma possível.

 

Já temos alguns exemplos das adaptações do mercado. Uma das primeiras profissões que se dizia que seria extinta é a dos carteiros, já que as pessoas não enviam mais cartas. Porém, algo ocorreu. As pessoas passaram a comprar cada vez mais pela internet e dessa forma, houve a migração da entrega de cartas para a entrega de encomendas, fazendo surgir uma série de empresas especializadas neste tipo de entrega e, criando diversos empregos nesta área, inclusive nos próprios correios, que passaram a trabalhar com este nicho de mercado.

 

Outro exemplo são os contadores. Com sua profissão fadada ao fracasso por conta dos softwares que podem fazer boa parte de seu trabalho, passaram a oferecer serviços mais especializados, como consultorias empresariais para aumento de rentabilidade e melhoria das margens de lucro e do desempenho financeiro. Muitos têm importante papel na área de ‘compliance’.

 

Ações governamentais e sindicais também são importantes para a manutenção do emprego nessa fase de transição. Alguns veem como inaceitável qualquer tipo de controle ou protecionismo governamental sobre as profissões. Alegam ser esse controle contra a produtividade, contra o livre sistema de capital, contra a livre negociação, etc. Porém para uma mudança mais gradual e menos impactante, estas políticas podem ajudar e devem ser abordadas com cuidado. Como exemplo podemos citar a lei 9.956, de 2000, que exige a contratação dos frentistas em postos de gasolina. Ao contrário do que ocorre em países europeus e nos Estados Unidos, no Brasil é proibido o funcionamento de bombas de autosserviço operadas pelo próprio consumidor nos postos de abastecimento de combustíveis.

 

Sindicatos que tem lutado contra portarias remotas para evitar a perda dos empregos dos porteiros são outro exemplo.

 

O futuro contará com profissionais autônomos, com carga horária mais flexível e, nestas condições, falar em medidas protecionistas pode parecer a contra mão da produtividade e do capitalismo, mas, temos que pensar na mão de obra e na divisão de renda, principalmente nesta fase de transição.

 

A capacitação e a especialização dos profissionais às novas tarefas e exigências provocadas pela tecnologia, tanto dos entrantes quanto os que estarão em transição de profissão, são fundamentais e o profissional tem que buscar uma evolução e adaptação continuadas desde já.

 

O marcado está cada vez mais globalizado, tudo está interligado, o acesso a informação estará à disposição de todos. As ferramentas de ensino a distância (EAD) terão um importante papel.

 

Com mão de obra farta e educação acessível, terão sucesso aqueles que se diferenciarem dos demais, com boa qualificação (estudando em instituições reconhecidas), certificações (válidas, reconhecidas e auditadas), bom networking (fazendo parte de instituições representativas). Estes são cuidados que diferenciarão os profissionais que realmente se dedicam à profissão.

 

Universidades deverão adequar seus currículos às novas exigências do mercado para a formação de Gestores de Segurança Privada . Os cursos de formação de vigilantes serão importantes para formar profissionais cientes de suas obrigações e de seu relacionamento com o mercado. A tecnologia deverá fazer parte de todos estes cursos, já que os gestores implantarão a tecnologia ativamente no seu dia a dia e muitos vigilantes serão os operadores dos recursos por ela trazidos. Assim, com esta inexorável evolução, 200 horas para formação do vigilante e 50 para reciclagem são o mínimo que se pode esperar. E essas horas deverão ter cada minuto muito bem aproveitado. Cursos de extensão para as diversas especialidades são um importante complemento, não só para cumprir a lei, mas para trazer maior especialização aos vigilantes. Aqui abrimos um parêntesis para destacar o aumento da importância das profissões educativas como instrutor, professor, etc.

 

Ainda fica difícil medir ‘a priori’ qual será a diminuição dos postos de vigilância, portaria e serviços de apoio. Acreditamos em uma migração das áreas de atuação de parte destes profissionais. Aqueles que antes faziam atividades meramente repetitivas poderão migrar para áreas mais específicas. Alguns migrarão das portarias para as centrais de monitoramento, outros deixarão a passividade de observar quem passa, para a pró-atividade de operar os sistemas de segurança e controle de acesso.

 

E como a tecnologia detecta, mas não age por si só, o vigilante também continuará com sua importante função de abordagem e reação numa quantidade ainda significativa e, certamente, mais preparada.

 

Softwares permitirão que as perdas das empresas sejam mais facilmente detectadas e adequadamente mensuradas, tornando possível que se demonstre a efetividade dos serviços de segurança prestados.

 

Além do emprego também estarão mais escassos os recursos naturais. Dessa forma o consumidor terá maior preocupação com ações sustentáveis, com o bem comum, com o consumo consciente, com o uso racional dos recursos, etc. Ética, solidariedade e capacidade de adaptação do ser humano definirão o futuro e serão a base para uma sociedade saudável. Empresas deverão ter a mesma preocupação – ética e sustentabilidade deverão fazer parte de todos os seus processos.

 

As empresas de vigilância, portaria e serviços terão que agregar tecnologia ao seu dia a dia. Ter SLAs* bem definidos. Oferecer serviços que atendam às novas necessidades. Se pensarmos que 65% das crianças trabalharão em empregos que ainda não existem, deveremos então passar a ter também serviços que ainda não existem e as empresas precisarão se adiantar e se preparar para o que virá. Quem fizer melhor o exercício da antevisão (ser visionário) vai estar melhor preparado para atender à esses novos serviços.

 

Estudos também concluem que a prestação de serviços irá diminuir, uma vez que as pessoas poderão fazer as coisas por si mesmas ou fazendo uso da tecnologia, sem intermediários. É esse mais um desafio para os prestadores de serviços, que precisarão agregar valor aos contratos.

 

Em resumo, acreditamos que a segurança privada e os serviços de controle de acesso continuarão mantendo a sua importância, porém, deverão ser prestados de forma mais efetiva e apoiados pela tecnologia, sendo que o gestor de segurança privada será fundamental num mundo onde haverá cada vez menos espaço para perdas.

 

Tatiana Diniz, CPP, ASE
Cadiz Segurança e Vigilância Ltda
Presidente da Associação Brasileia dos Profissionais de Segurança

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